sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Neste Tempo Em Que Vivemos...

Em Loriga, no Inverno, as uvas do Ti Belo teimavam em prolongar o Outono.
"Trabalhe por algo que é bom e não apenas porque tem a chance de ter sucesso" VACLAV HAVEL


As pessoas têm 3 riquezas que devem aproveitar ao máximo. São elas, a Saúde, a Mente e o Tempo.
Sobre a Saúde, agem o tempo, a herança genética, a nossa alimentação, o cuidado e treino físico e, naturalmente, as condições externas, como os outros, o ambiente e as refeições de fritos em casa de familiares, amigos e conhecidos.
A Mente treina-se. Desde pequenos que encontraremos sempre alguém que nos dirá que não conseguimos, que não somos capazes, que somos limitados. Uns dizem que a limitação se deve ao facto de que os nossos pais não conseguiram e portanto “filho de peixe, peixe é”. Outros dizem que apesar de os pais espectaculares que tivemos, nós simplesmente “ não saímos a eles” e não há volta a dar. Durante toda a nossa vida existirão pessoas assim; umas porque não acreditam no nosso potencial, outras porque julgam conhecer-nos bem e outras porque não acreditam nelas, muito menos nos outros e se possível ficarão felizes se o tempo lhes der razão e Vossa Excelência também.  Mas a verdade é que se o mundo externo e a nossa própria origem podem influir e ser determinantes, são apenas os actos, os nossos sentimentos e aquilo em que acreditamos (valores, convicções e educação recebida) que determinam e cimentam o que somos à data do nosso falecimento. A morte é algo do qual não se livra e acordar é um milagre diário mesmo que, para si, seja uma vulgaridade e um dado ilusoriamente certo e seguro. Os sentimentos são nossos. Nós é que sentimos tristeza, limitação, angústia, amor, felicidade, raiva, medo, etc. e não são os outros que nos fabricam os sentimentos, APENAS provocam esses sentimentos em nós, MAS QUEM SENTE E DECIDE SENTIR: SOMOS NÓS. Essa é uma regra de ouro e nunca se esqueça disso, principalmente quando começar a sentir algo menos agradável. Os limites somos nós que os criamos ou aceitamos.
O Tempo é fundamental, pois é sempre limitado. São 1440 minutos diários ou 86400 segundos por dia. No final do dia, esse tempo está gasto, mas não há nada no Mundo, nem ninguém lhe garante que terá um dia a mais, no dia seguinte, para gozar ou aproveitar. É só uma questão de Fé ou Esperança. Também se viver convencido que hoje é o último dia da sua vida, um dia terá razão. Se hoje fizer todas as loucuras possíveis conte que, se estiver vivo amanhã, receberá os custos ou os lucros do dia de hoje. Gerir bem o tempo é essencial. Tudo são escolhas, portanto determine objectivos, metas e principalmente a data limite para os cumprir. Discipline-se e vença-se. Vossa Excelência só tem uma vida e quando a perder, nada restará para si. Não se iniba de rever e alterar tudo, pois a vida é ela própria cheia de mudanças e sobrevivência reside na facilidade da sua adaptação ao meio onde vive.
Saúde – Mente – Tempo, são 3 ferramentas que se ligam e influenciam. Aprenda a gerir e a usar bem os 3 durante toda a sua vida quer dure um dia ou mais 100 anos… mas quando partir, tente ir feliz. Infelicidades, erros, desgraças e tristezas todos têm. Mais do que a queda importa a velocidade com que se levanta. Os outros podem influenciar, mas os actos e convicções de Vossa Excelência é que são determinantes. Por pior que seja a sua vida, a sua vida pode ou poderia ser bem pior, por isso AJA e tente torná-la melhor. Faça o que gosta ou aprenda depressa a gostar do que faz, pois se não gostar do que faz depressa perde a sua atenção e se esquece do que faz e que é importante. Tudo importa, varia apenas o grau da importância que lhe dá. Agradecerei todos os dias e sempre aos meus avós maternos, Alice e António, esta pequena grande lição.
Como a Mente se treina, deixo aqui umas dicas ou ferramentas para a sua mente. É fácil e podem dar jeito. Lembre-se que todos os desafios, a quem erradamente alguns chamam ‘problemas’, são insignificantes depois de vencidos. Aqui estão alguns truques para treinar a sua Mente:
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Nestes dias, entre os resgates económicos a vários países europeus, como a Grécia, a Irlanda e Portugal, importaria também ver o outro lado de algo semelhante, o problema da dívida da Islândia e o milagre do seu crescimento nos últimos tempos. Aprender com todos, até com aqueles que são totalmente opostos a nós, só nos faz crescer e aumentar a nossa linha do horizonte.  Em breve ou daqui a muito tempo, os economistas Cármen Reinhardt e Kenneth Rogoff serão agraciados com o Prémio Nobel pela obra “This Time Is Different” e a Islândia será a prova viva dos seus escritos e de que um ajustamento cambial é absolutamente crucial para restabelecer o equilíbrio macroeconómico de um país. A dor é sempre grande, mas nenhuma árvore se queixa das folhas secas que caíram.
Deixo aqui um dos seus textos…
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A Emigração portuguesa tem sido enorme, nos últimos 3 a 4 anos. Cerca de 85 mil portugueses têm saído, em média, por cada um dos anos. Pessoas, na sua maioria licenciadas que não conseguem encontrar trabalho em Portugal. Antigamente, as pessoas tinham filhos para ajudarem no campo e trabalharem para outrem, obtendo a família, dessa forma, rendimentos e aumentando a economia familiar. Hoje os pais trabalham o melhor que podem para darem condições e um futuro aos filhos. Gastam tudo nos estudos e quando os estudos terminam, os filhos saem de casa. Economicamente, antigamente os filhos eram um Ativo, hoje são um Passivo, pois quando dão ‘Lucro’ à família, saem de casa e em muitos casos, os pais ainda continuam a pagar certas contas. Está o Mundo assim. Felizes daqueles que podem ter pais.
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Hoje, passei também por aqui…
A opinião de Hans-Werner Sinn:

Votos de um Excelente Fim-de-Semana,

João Carreira

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