terça-feira, 4 de setembro de 2012

Por Ontem e Todos os Dias de Incêndio...




“Como é que era antigamente?

Portugal está a arder. Sucedem-se as notícias e as imagens desta tragédia cíclica. Nunca entendi bem as causas dos incêndios. Parece que há maluquinhos, criminosos e pirómanos que vão curtir as suas paranóias deitando fogo ao mato. Parece, também, que ainda há tugas que mandam uma ponta de cigarro janela fora do carro com a mesma naturalidade com que respiram. Também há os «piqueniqueiros» de domingo. Levam umas sardinhas e umas fêveras e depois de bem comidos e bem «bubidos», esquecem-se de apagar as brasas. Fala-se ainda em madeireiros e empresas de combate a fogos que, directamente interessados, são responsáveis por estas labaredas que nos assolam todos os anos e destroem um dos países mais bonitos do mundo. Ah! Parece que também há calor e vento. Mas só o calor e o vento não deve ser. Porque eu lembro-me que quando eu era jovem não havia incêndios. E já havia calor, vento e piqueniques nos pinhais. E fósforos também, ou mesmo isqueiro, para quem tivesse a devida licença. E não havia nem ninguém falava em fogos”

António Cazal-Ribeiro, no ‘Facebook’

Sem comentários:

Enviar um comentário