quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Hoje e por estes dias…



Na questão BPN não convém aos candidatos a Presidente da República tecerem muitas considerações. A questão tem apenas dois caminhos, a gestão eficiente do banco e as devidas questões de Justiça.
O Presidente da República, mesmo que tenha sido Ministro das Finanças, Primeiro Ministro ou Professor da matéria, não deve manifestar como deve ser gerido este ou aquele banco, por mais certas que sejam as suas opiniões…não faz parte do seu trabalho.
Por outro lado, não cabe ao candidato Manuel Alegre exigir que uma pessoa que vendeu acções de um banco, quando ainda não existia a mínima suspeita do que quer que fosse, preste contas do que quer que seja. O candidato Cavaco Silva fê-lo de acordo com a Lei e cumpriu todos os requisitos da Lei. Cabe a quem acusa provar a culpa e não exigir o que quer que seja. Importa ainda precisar que o candidato Manuel Alegre fez publicidade para o BPP, enquanto exercia funções de deputado da Assembleia da República e estava proibido por Lei de o fazer. O candidato Cavaco Silva, não exercia qualquer função pública quando vendeu acções da Sociedade Lusa de Negócios e a venda das mesmas é clara e de acordo com todas as normas portuguesas.
Quando o Caso BPN rebentou, ficou provado que o Senhor Governador do Banco de Portugal não cumpriu o dever de supervisão bancária que lhe cabia. O Governo, posteriormente injetou milhões de euros no BPN e até agora não prestou um único esclarecimento sobre o assunto. O próprio Dr. Bandeira, enquanto gestor de dinheiros públicos no BPN desrespeita a autoridade da Assembleia da República, não comparecendo na referida.
Quanto aos possíveis crimes de ordem fiscal e financeira devem ser julgados nos tribunais. Um homem não é mais ou menos sério por ser deste ou daquele partido, deste ou daquele clube, desta ou daquela família. Um homem vale por si e responde por si e pelos seus atos.
Mas este assunto não tem nada a ver com as eleições para a Presidência da República e importa que os candidatos se concentrem no essencial.
Por fim, os candidatos e a população em geral deveria era exigir as prometidas regras rigorosas de supervisão bancária para evitarem situações iguais às do BPN e do BPP e exigir o fim rápido e breve da agonia do BPN que delapida enormemente o dinheiro que pertence a todos os portugueses.

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